quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Notinhas desimportantes

Não quero sua pele junto à minha somente. Espero mais do que apenas seus dedos no meu rosto me arranhando, o navegar entre os seus seios, sua respiração farta, busco mais do que a exasperação conjunta. Quero você completa, imperfeita, com seu olhar a me medir confusa, a sua incapacidade de expressar os pensamentos mais simples...Gosto de você com seu quase pudor, o olhar enviesado sugerindo outra viagem aos nossos segredos mais abissais, logo após dizer que nossa relação não tem mais razão de ser. Preciso (não sou insensível, juro) de seu choro me acusando de tudo o que aconteceu de errado nos últimos cinco minutos em sua vida. Vem, confusa mesmo, vamos decifrar nossas vidas, desafiar as possibilidades, retomar nosso roteiro incansável. Não meu anjo, seu cabelo está lindo e você não está fora do peso, verdade.

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Amar...Meu álibi é te amar cada minuto intenso de forma que ninguém acreditaria...A mim basta apenas cumprir o juramento feito de te servir com os mais preciosos gestos, te adorar com uma grandeza que se supõe a alguém formidável, te satisfazer em seus pequenos, ínfimos prazeres. Que culpa existe em ser o meu amor íntegro, justo, incorruptível? Eu quero em todas as formas defender meu direito de te desejar, de sentir sua vida junto à minha.

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Ah, como é bom estar em seus sonhos, dividir as íntimas vontades sem ter culpa. Correr no seu mundo secreto, vencer todos os perigos. Aqui eu aconteço seus desejos na história que te faz feliz. Vivo, sem receio, tudo que o orgulho real censura...vem comigo, vamos ao mundo atemporal de utopias reais, respirar a cor das nuvens, bronzear no luar nossos corpos, no distinto silêncio de felicidade...

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E eu que pensei que a tua indiferença convicta fosse uma pena a mim concedida, um capricho de mulher ousada em ironias de risos e desprezo. Sofri à toa?

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Quanta memória nos separa...Eu que rejeito o medo do inconvencional, me resgato noite e dia em sua lembrança nova...Pareço um louco buscando o inédito que já sei...mas o amar não é a surpresa das coisas que sempre soubemos e fingimos dominar? Me deixa sonhar te querendo, ansiar pelo teu olhar, unir expectativas, me enganar que sou dono de ti...Me deixa viver de sua estima que me ilude e constrói a utopia do seu amor. Quanto tempo eu anseio a volta dessa sensação, o pulsar dos olhares entrecruzados, o êxtase, todas as lembranças secretas, as únicas que nos restam quando somos esquecidos por quem amamos...

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Se o cristalino silêncio sussurra ao seu ouvido a minha ausência, rejeita...O meu nada apaga o gelo e descobre a trilha que me leva a teu ser...espera. 

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Você diz que sabe me amar como nenhuma outra. O que direi? Evitarei comparar seu jogo de palavras e sua capacidade singular de mudar minhas decisões mais convictas com a de nenhuma outra. Não farei referências à sua chantagem recorrente quando nossos laços parecem se afrouxar e você diz "Nenhuma outra te fará feliz como eu". Não farei comparações entre as sensações vividas passadas com as que você me proporciona de modo tão sublime nem as elogiarei...isso porque você sabe que sabe como ninguém cuidar para que tudo saia do jeito que me apraz. Resignado me entrego a ti e soterro meu orgulho, o que te faz feliz, dona de mim, que repousa seu rosto no meu peito sorrindo mais uma de suas conquistas.

2 comentários:

Paulo Biber disse...

Lindo isso véi...

Marcos Vinicius disse...

Obrigado pelo comentário. Volte sempre.